...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

N’algum lugar

Alvo sorriso,
Pés descalços,
Nuas meninas.
Criança brincando,
Cabelos raspados,
Orelha dobrada,
Calor, suor, luz, ventanias.
Brincava de índio, de teatro.
Vivia sorrindo, vibrando, de quatro.
Cavalgava comigo em harmonia perfeita.
Mesmo dormindo esbanjava beleza.
Mas se deu que certo dia,
Foi brilhar para outro céu.
Estrelar noutro palco, voar.
Deixando galáxia a minha vazia.
Hoje vivo em órbita, sonhando.
Escutando o doce latido do doce, por perto.
Olhos celestes estampam o meu cérebro.
Percorro, desde então, descoloridos horizontes.
Vivo, inconstante, procurando visões.
Saudades,
Rastros,

Imagens ao longe.


Nenhum comentário: