Ei, você: a minha vida é sua, não vê?
Só você detém o meu querer.
Sem saber bem ou mesmo o por quê,
Você me leva, em vai e vem, na garupa, com você.
Faz de mim o seu bem-me-quer, o seu bem-querer.
Seu nau, seu mau, seu bom, seu mal, seu bem, seu ser.
Rei, carrasco, prisioneiro, refém.
Fulano, cicrano, beltrano, outrem.
Falo por mim: quero a ti e a mais ninguém.
Até, mesmo, porque não tenho a mais ninguém a quem querer mesmo.
Estamos a sós: eu, você e meus coloridos pensamentos teus.
Só Deus, nalgum lugar, nos observa.
Na verdade, então, estamos Deus, você, eu e meus pensamentos teus,
por todo lado, por toda parte, por onde quer que andemos.
Estive pensando: há dias que você não me sai da cabeça.
Agora, por exemplo, antes que eu me esqueça,
Acabam de surgir acalorados pensamentos meus, teus.
Sorrio sozinho, arrepio.
De olhos fechados, consegui lhe ver, o brilho...
O brilho de teus olhos, lábios e sorrisos.
De teus tons de pele,
Cheiros e abraços,
Sou escravo.
Eu lhe pertenço,
Não tem jeito,
Você não vê?
Faça você, de mim,
O que bem quiser,
O que bem entender.
Ama-me.
Procria-me se quiser.
Dá-me vida, vidas.
Salva-me se puder.
Este modesto espaço concentra forças essenciais de todos os tipos, com seus próprios valores, qualidades e imperfeições. Aqui, neste virtual ambiente democrático, quem fala não sou eu, mas eus. Por esses campos ecoam perdidas vozes daqueles que têm tudo para falar livre e abertamente, contudo não o fazem, ou melhor, não o sabem, por falta de boas opinião e formação. Portanto, o que por aqui se fala, por aí se ouve. O que por aqui se escreve, por aí se lê. .
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Um comentário:
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"A arte só faz versos: só o coração é poeta." (André Chénier)
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