Este modesto espaço concentra forças essenciais de todos os tipos, com seus próprios valores, qualidades e imperfeições. Aqui, neste virtual ambiente democrático, quem fala não sou eu, mas eus. Por esses campos ecoam perdidas vozes daqueles que têm tudo para falar livre e abertamente, contudo não o fazem, ou melhor, não o sabem, por falta de boas opinião e formação. Portanto, o que por aqui se fala, por aí se ouve. O que por aqui se escreve, por aí se lê. .
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Submarino
Submergir do raso para o fundo.
Para longe do ficar ao acaso,
De braços bem dados,
Mergulhados com o profundo.
Banhar-me com águas-de-cheiro colhidas em jardins próximos aos corais mais coloridos.
Reconhecer que distante de mim,
Eu era desconhecido, seco, sozinho.
Catar conchinhas, pérolas e estrelas, no céu marino.
Pegar carona com golfinhos, pescar sereias, cavalgar cavalos marinhos.
Permissão a Netuno para ali enamorar.
Para bons fluídos, a benção de Iemanjá.
Ao emergir, afobado, sentir saudades das guelras que davam-me ares,
E, com isso, emarasmar.
Entediar-me. Em minha ilha me isolar.
Agora, mesmo que contra correntezas e marés,
A favor de minhas ondas, irei remar.
E, para reproduzir, rio acima irei nadar.
Gerar vivas nascentes, quentes cores refratar.
Dar um tempo da mesmice.
No subconsciente, de cabeça, mergulhar.
Fazer dos mares meu quintal, dos oceanos o meu lar.
De uma vez por todas e enfim emarar.
Mudar da superfície.
Me aprofundar no mar.
Meu desejo mora lá.
Quero namorar.
Quero lá morar.
Sumir um pouco da terra.
Ir no mar morar.
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